Ele disse quando sentei ao lado dele.
Ele fumava um cigarro de marca ruim qualquer, muito calmo, aproveitando cada tragada, olhando pra frente sem nada enxergar, enquanto o tempo avançava sem nenhuma resolução.
Quando apoiei nos ombros dele, deixando o cansaço me vencer, eu percebí. O moletom dele estava com um cheiro gostoso.Cheiro de roupinha que a mae lavou com amaciante e guardou com carinho do guarda-roupas azul do filho.
Cheiroso, olhos verdes, papo mole, jeito malemolente...
(do jeito que o diabo gosta)
-x-
Tava reparando que escrevi muito pouco sobre ele. Deve ser porque com os outros eu precisava fantasiar mais. Com ele não, com ele a realidade já era divertida. Escrever sobre ele não tem graça.
Curioso como nos acostumamos à fantasia. A realidade pode ser tão boa quanto.
ResponderExcluirEstou por aqui. :)